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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

COJIRAS se articulam para discutir políticas inclusivas na Confecom

Questão racial será levada à Conferência Nacional de Comunicação.

As Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial (COJIRAS), vinculadas a Sindicados de Jornalistas de vários estados estão se articulando com outras entidades para propor políticas públicas de comunicação inclusivas durante a Conferência Nacional de Comunicação. A Confecom, convocada para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, transcorrerá de 14 a 18 de dezembro deste ano, em Brasília, com alguns delegados eleitos tendo como trabalho de base as COJIRAS, como: Jeanice Ramos e Vera Dayse (Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros do Rio Grande do Sul), Valdice Gomes (presidenta do Sindicato de Jornalistas de Alagoas), Jacira Silva (tambem MNU) e Juliana Nunes (DF) e Dalmo Oliveira (PB). Veja aqui algumas propostas das COJIRAS.

Em maio de 2007, na XIV Plenária do Fórum Nacional pela democratização da Comunicação (FNDC), a COJIRA-BA (leia-se Ana Alakija) em conjunto com a ong Agencia Afro-Latina-Euro-Americana de Informação (ALAI), Comitê FNDC-BA e Abraço (leia-se Jonicael Oliveira), e articulada com as demais COJIRAS e o Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, apresentou uma proposta para incluir a questao racial como topico no temario proposto para a Conferencia Nacional de Comunicação. A proposta foi aprovada por unanimidade no fórum e encaminhada a então Comissão Nacional Pro-Confecom formada na época e que conta com dois membros da articulação das COJIRAS/ALAI/FNDC/ABRACO: Jacira Silva (tambem integrante do MNU) e Josué Franco Lopes (ABRAÇO e Juventude Negra).

Também nessa época, iniciou-se o debate com várias entidades da sociedade civil, ativistas e comunicadores sob a perspectiva negra visando a Conferência Nacional de Comunicação. A nivel regional, o Comite FNDC-BA criou um Comite de Luta pela Igualdade Racial e Democratizacao da Comunicacao, da qual faz parte a COJIRA-BA. Durante ainda esse debate, formou-se a articulação nacional Enegrecer a Confecom, com o objetivo de pautar este debate na Secretaria Especial de Politicas Publicas de Igualdade Racial (Seppir), nas instâncias regionais da Confecom e na própria Confecom, em dezembro. Como encaminhamento da Conapir, a Seppir ficou de criar um Grupo de Trabalho para discutir comunicação e se comprometeu a atuar pela inserção da temática racial na Confecom.

No cenário de disputa, com empresários impondo diversas condições e regras antidemocráticas, uma das conquistas da articulação foi justamente conseguir a inclusão em um dos eixos temáticos da Confecom (Cidadania: Direitos e Deveres) o debate sobre respeito e promoção da diversidade cultural, religiosa, étnico-racial, de gênero e orientação sexual.

Na plenária das comissões estaduais da sociedade civil, aprovou-se a recomendação de inserção das fichas de inscrição das conferências (regionais, estaduais e nacional) da autodeclaração de cor e raça. A articulacao também reivindicou que a Comissão Organizadora Nacional da Confecom estabeleca como norma a paridade de raça/etnia e gênero na escolha dos delegados, de acordo com as proporções regionais de população estabelecidas pelo IBGE.

A inserção do item raça/cor nas fichas foi aprovada na Comissão Organizadora Nacional, mas a paridade acabou sendo vetada. Ainda assim, ela passou a ser uma recomendação da comissão nacional da sociedade civil (pró-conferência) às comissões estaduais. O próximo passo e realizar uma pre-Conferência em Brasília, com o apoio da Seppir, e tentar estabelecer uma pauta unificada para a Confecom, sob o guarda-chuva de uma Política ou Plano Nacional de Comunicação e Igualdade Racial.

As entidades que participam da articulação Enegrecer a Confecom na Conapir sao: Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial (DF, BA, SP, RJ e AL) e Núcleo de Jornalistas Afrodescendentes do Rio Grande do Sul, Coletivo de Entidades Negras (Cen), MNU, Unegro, Fórum de Religiões de Matriz Africana, Abraço, Geledés, Afropress, CMA Hip Hop, Griô Produções, Agência Afro-Latina e Euro-americana de Informação (Alai), Comite de Luta pela Igualdade Racial e Democratizacao da Comunicacao do FNDC-BA, ABRACO, Juventude Negra, Cufa, Instituto Mídia Étnica, Ìrohìn, Fórum de Juventude, Rede Mocambo, Conselho Federal de Cineclubes, ABCV, ABPN, CEERT, Iuperj, Centro de Cultura Negra do Maranhão, Associação Cultural Marcus Garvey (MG), Intervozes, Liberta - Centro de Pesquisa de Comunicação e Educação para Cidadania (PB), Associação dos Comunicadores Sociais do Pará (ACPA), Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB).

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